Paula Santos, representante parlamentar do PCP, declarou à comunicação social que a sessão solene a festejar os 49 anos do 25 de Novembro não passou de uma "provocação" promovida pela direita e aceite por outros atores políticos portugueses.
Paula Santos afirmou que a cerimónia desta segunda-feira tem como objetivo apagar o que se conquistou com o 25 de Abril que levou ao fim da "opressão e repressão" e enfatizou a tentativa de "reescrever a história".
"Hoje, esta ofensiva, assume um patamar ao procurar a legitimação institucional com o suporte político de PSD e CDS, acompanhado de Chega e Iniciativa Liberal e que conta com a anuência de mais forças políticas a que se juntou o presidente da República"
A representante do PCP falou em "mentiras repetidas" e acusações contra o partido numa altura em que se tenta voltar a instaurar métodos antidemocráticos.
"Querem tornar o 25 de Novembro naquilo que não foi. Foi o 25 de Abril que trouxe a democracia, a liberdade e os direitos e não o 25 de Novembro como procuram fazer crer".
Paula Santos falou do 25 de Novembro como um "golpe contrarrevolucionário" e que não conseguiu travar que os princípios do 25 de Abril não fossem consagrados na constituição portuguesa.
O PCP diz ainda que a sessão desta segunda-feira foi um "ajuste de contas" com a revolução de Abril e que por isso o partido não podia compactuar com o que aconteceu na Assembleia da República.
"Não integraremos nem legitimaremos ações que têm como objetivo atacar a Revolução de Abril".